dezembro 28, 2016

No final



As vezes eu sinto que não sei quem eu sou, o que é estranho porque tenho certeza que conheço bem uma BOA e incrível parte de mim. Mas ainda tem essa parte que é desconhecida, um vazio, um escuro, algo estranho que parece ser uma escuridão ruim...mas o fato é que nunca saberemos o que está na escuridão se não acendermos uma luz pra descobrir.  Quando eu era criança adorava caminhar sem rumo por condomínios gigantes até me sentir perdida o suficiente pra ter que procurar o caminho de volta pra casa, e eu sempre encontrava é claro...mas depois que a gente cresce tudo fica um pouco mais complicado e achar o rumo de volta nem sempre é tão fácil assim, até porque agora temos sempre que evoluir mais e mais, em um instante as coisas mudam, quando você se adapta as coisas mudam de novo, os condomínios viraram cidades inteiras. Tenho dificuldade com essa coisa de adaptação e mudanças...Ao mesmo tempo que dá vontade de congelar o tempo na esperança que nada mude, a alma grita por mudanças, o corpo pede cada vez mais uma vida diferente...é complicado. O fato é que nos apegamos a tudo que não temos, a tudo que não conquistamos, e não damos muito valor aquilo que estamos vivendo, aos pequenos momentos de milagre que se passam na frente dos nosso olhos...enquanto rodamos e rodamos o filme de uma outra vida 'ideal' e imaginária na nossa cabeça, enquanto perdemos milhares de oportunidades, perdemos milhares de momentos, sorrisos, pessoas e lugares encantadores, pensando que o futuro reserva algo melhor, ou que deixamos algo perdido no passado. Por que é tão difícil ? como uma pessoa muito amada tem costume de me dizer enquanto vê meus olhos marejados... Deus dá suas melhores tarefas ao seus melhores guerreiros, e ahh...a recompensa nunca está, nem nunca esteve no final.

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